Repudiamos a ação golpista que se desenrola neste momento na Bolívia. Sob pressão do imperialismo, do exército boliviano (herdeiros da ditadura de Hugo Banzer) e da extrema-direita boliviana, a renúncia de Evo Morales evidenciou a articulação golpista formalizada nas manifestações de direita que ocorreram logo após os resultados eleitorais.
O principal articulador das passeatas de direita foi o golpista e empresário Luís Fernando Camacho, líder da chamada União Cívica, Camacho é um católico fervoroso e oriundo das regiões mais ricas da Bolívia.
Áudios vazados demonstram a articulação do imperialismo para realizar o golpe por meio de seus mecanismos de guerra suja, com o objetivo de garantir os interesses econômicos e políticos na região. Por esses áudios, desconfia-se igualmente, do envolvimento do governo brasileiro na ação golpista.
O imperialismo volta a atuar na América Latina para acabar com quaisquer ensaios de mínima soberania nacional na economia.
Entendemos que deste modo, não podemos nutrir nenhuma ilusão pela via institucional e tampouco ceder à direita um único centímetro de direitos populares. Somente a organização popular dos/as de baixo pode garantir a manutenção e conquista de direitos sociais e econômicos. É só a auto-organização popular e a ação direta que pode derrotar a ação imperialista em nosso continente.
Que o povo boliviano derrote os golpistas nas ruas e construa referências de poder popular para esmagar o imperialismo e a extrema-direita boliviana!
Nenhum golpe civil-militar na Bolívia!
Que o destino dos povos não seja definido pelas Forças Armadas, mas sim pela luta popular!
Enfrentar o golpe das FFAA e a direita fascista!
Defender conquistas pela luta e organização!
Pela construção do poder popular!
Não passarão!
Coordenação Anarquista Brasileira (CAB)
Federación Anarquista Uruguaya
Federación Anarquista de Rosario (Argentina)
Federación Anarquista Santiago (Chile)
Organización Anarquista de Córdoba (Argentina)
Vía Libre (Colombia)