A Coordenação Anarquista Brasileira (CAB) vem manifestar sua posição sobre o cancelamento da Greve Geral, convocada para o dia 05 de dezembro, pela CUT, Força Sindical, UGT, NCST e CSB. Em meio a um governo com apenas 5% de aprovação, que aprofunda drasticamente os ataques aos direitos sociais, o sindicalismo chapa-branca e corporativista destas centrais mostra mais uma vez sua capacidade de desmobilizar a classe trabalhadora. Com o iminente ataque do governo Temer ao direito de aposentadoria, tais centrais cumprem um papel deprimente e reproduzem o pior do dirigismo e cupulismo sindical, ao decidirem pelo cancelamento do ato do dia 05/12. Nós não recuaremos.O problema dos ajustes e cortes nos direitos não será resolvido pelas urnas em 2018, mas com manifestações e enfrentamento contra os patrões e políticos, nas ruas, nos locais de trabalho, estudo e moradia.
A conjuntura exige um esforço a militância sindical, estudantil e dos movimentos populares do campo e da cidade para construir uma prática política onde as bases tenham o poder de decisão, inviabilizando as traições que centrais sindicais nos impõem periodicamente, apontando assim um caminho que construa o Poder Popular. Entendemos que a Greve Geral deve ser construída com ampla participação e mobilização das bases e nos colocamos na tarefa de agitar tais ferramentas de ação em nossos locais atuação. Cabe construir uma prática de luta sindical e popular que não subordine a ação direta e a organização popular às agendas eleitorais.
A CAB reivindica a tradição do sindicalismo revolucionário e aposta hoje no fortalecimento do sindicalismo de resistência e de um sindicato como uma ferramenta a serviço da mudança social e da construção do Poder Popular. Lutar contra a apatia estimulada pelas burocracias e fortalecer a solidariedade entre as categorias, bem como aproximar os sindicatos de outros movimentos sociais, são caminhos para avançarmos na luta contra os cortes de direitos! Apostamos na mobilização por local de trabalho, moradia e estudo para construir um enfrentamento real contra os patrões e o governo. Seguindo na luta nas ruas e no campo, com objetivo de derrotar os ataques sociais através da ação direta e protagonismo do povo. O momento é de acender a chama da rebeldia e lutar contra o ataque dos patrões e políticos!
Lutar, criar, poder popular!